segunda-feira, fevereiro 02, 2004

jardim de mim


há um jardim, de grades entreabertas
que espera do jardineiro, seu cultor
que em serenas e mansas descobertas
vá descobrindo uma a uma todas
as pétalas e verdes ausencias
de brilho em cada flor

que o mel do amor lhes dê e vá bebendo
levando sua força em as tragando
juntando delas em si o vigor ao vigor
e todas as gotas e essências
para bem do sorriso, terno amor

jardineiro que chegue de mansinho,
acariciando uma a uma todas as pétalas
e fazendo-as vibrar em ondas,
de um céu feliz , etéreo ardor
nsses vívidos momentos sonhados
deixe seus canteiros cuidados
a vicejar alegria e paz e cor!

polém seu semeie nesses rios
reentrâncias tão só suas e sedentas
fertilize com ternura todas as carências
e vendo sua obra tranquila sinta amor

se o jardineiro tocar de mansinho
os caules tenros e fechadas folhas
que se mantêm tão quietas umas e outras intocadas
esperando seus carinhos
com ansiada dor,

nada viola do jardim que se oferece
em retribuída troca busca em procura
por frescura e sombra, o sol...
folhinhas ressecando abindo-se à chuva
buscando a vida que enquanto salva
alento novo dão a esse cultor!




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