segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Poesia Viva


a poesia
é um fio
onde está suspenso
o meu sorriso
desde sempre
e para sempre!

mesmo quando
eu era areia
e o mar se afogava
no meu colo.

Mesmo quando
eu era rola
de olhos de espanto.

Mesmo quando eu era láparo
a correr de toca em toca
e só via mato cerrado
à volta!

Mesmo quando
eu era eco
dos encerrados vivos mortos
nas prisões das borboletas.

Mesmo quando
foi Abril
e eu desabrochei com os cravos!

Mesmo no tempo
dos liláses nos meus olhos.



Soa dentro de mim,
balada.
Soa dentro de mim,
búzio,som de mistério,
esse som de magia
que permanece
que fica
a pairar na música viva
compulsiva
que sonho e escrevo.

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