segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Toma a minha mão.
Agarra-a com força,
até sentires que te pertence,
e leva-me estrada fora
em busca do ar puro
da erva, da mimosa
que em soiszinhos de oiro desabrocha,
que o grande sol aquece!


E que de lá se aviste a duna!
E aquele mar azul longe longe,
que se escute!
E que se sinta a areia!
E que se se sinta o sal, o frio, a espuma!


E que se mate em mim esta saudade de além!


Que o vento seque este sal,
que em choro me lava o rosto!

E que morra, ao menos por ora,
na minha alma
a inquietação!


Este esperar sem esperança
em que me desespero!
Esta dúvida em chaga viva
no meu coração!

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