SEM APELO NEM AGRAVO
Walter Crane - Summer
No meu solitário refúgio
se bem que iluminado
pela tua memória
pela tua ausência
deixo pousar a cabeça
no colo da desesperança
Suspendo o ar que inspiro
não me traga o desvario
num átomo do teu cheiro
Represo os passos
entrecerro os dedos
não ousem eles soltar o ímpeto
de te alcançar
de pedir ou de aceitar
de com os teus se enlear.
Afinco-me remoendo
o absurdo não-querer querendo
deixo o meu sangue ferver
deixo o meu sangue secar
deixo-me evaporar
se
etérea celebrar
a aura em teu redor
Maria Petronilho,
30/5/2005
domingo, junho 12, 2005
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