sábado, setembro 20, 2008






BARRILETE


Abre tus alas y danza con el viento sur,

contempla mi dimensión desde lo alto,

apacigua las miradas

de los que no ven más que su entorno

y trata de elevarlas

a tus colores que se funden con las nubes.

Una gaviota poeta,

trasnochada de plenilunio,

se acerca a tu majestade

intenta seducirte con graznidos

plenos de arena y de mar.

Tu solemnidad,

prolongación ilimitada del sueño del Hombre,

continúa al vaivén de la brisa.

Un niño te contempla y ríe:

lo justificas en su eternidad.


© Alberto Peyrano



PAPAGAIO DE PAPEL


Abre as tuas asas e dança com o vento sul,

contempla a minha dimensão do alto,

apazigua os olharesdos que não vêem mais do que os acerca

e faz por elevá-los nas tuas cores que se fundem com as nuvens.

Uma gaivota poeta,

assombrada de plenitude,

aproxima-se da tua majestade

e tenta seduzir-te com grasnidos

plenos de areia e de mar.

A tua solenidade,

seguimento ilimitado do sonho humano,

continua no vaivém da brisa.

Um menino contempla-te e ri:

Justificas a sua eternidade.


© Alberto Peyrano



versão livre: Maria Petronilho




Primavera



Canção azul

nascida em rosa

alvorecer!






Aniversário



Renascemos em cada dia que nasce

todavia houve um dia

em que o milagre da vida

tocou a vida da gente

Aventura dolorida

ver outro mundo diferente

não fica dele memória

como a flor não diz a história

oculta na mãe semente

Festeje-se hora a hora

caminhemos docemente

pelas veredas da vida

como um rio da nascente

que vai cantando feliz

sem se lembrar que a foz

marca o seguro encontro

de todas as águas do mundo.