terça-feira, fevereiro 03, 2004

Dentes de ouro









eu sou tu és

ao invés

de

ele tem tu tens



sorriem
caveiras
vivas
costelas
barrigas
inchadas
crianças
sem

pão
carinho
futuro
esperança
de vida
digna

brilha
decrépita
a
figura
da
suma
indecência
camuflada
que
arrota
abundância

e viva
o consumo


que presta
o ouro
na miséria
que
nos toca?!

Sem comentários: