segunda-feira, maio 09, 2005

Faz noite negra, mas eu canto!


A canção dos jovens, a canção dos pobres,
a canção da esperança da gente do meu país.
Faz noite negra.
A lua brilha tão pequena!
Pequenas são as estrelas ao seu redor...
mas se toda essa luz se juntasse - que fulgor!
E luz é vida.
E para viver é preciso despertar.
A ao despertar esvai-se a noite.
Foi comido por si mesmo o negro pesadelo,
o susto desanuviou-se.
Sumiu-se em nada à luz do dia.
Dia em que a luz brilhe em todos os olhos
e em todos os sorrisos.
Dia de suspiros de alívio...
Esse o dia que espero.
Venha breve e venha prenhe de paz e de amor,
como o sol a pino.
Fujam daqui as manchas bolorentas do destino negro.
Bolor nas horas de todos os dias; na angústia.
Começa-se e segue-se sofrendo
sem que uma réstia de alvorada,
de ternura, ao menos luz no fim da jornada d
esigual da nossa vida.
Uns têm tudo; outros "têm" nada;
uns na soberba; outros na penúria;
uns os algozes; outros os servos;
uns arrotando e tantos outros mais de barriga vazia.
Acabem-se os lagos de pranto
em que afogamos o silêncio da vida.
Acabe-se o cada-qual-consigo
– nunca nada se conseguindo
... Enquanto se não entenda
que é NOSSA a mesmo causa,
como é NOSSA a mesma justiça
e que há que lutar de mão-dada!

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