segunda-feira, maio 09, 2005

Mãe Eterna





Pomba branca,

tão breve, tão corajosa

ave linda que Deus trouxe

por um átimo à terra

astro que foste

cometa

e atrás de ti deixaste

no esmo frágil centelha

em soledade ferida



ah, mãe como eu aspirava

cobrir-te de rosas brancas

neste dia de lembranças!

mas relembro só de mágoas

as tantas flores que levavas



como se fosse este instante



como se do além pudesse

erguer-te mais que lembrar-te

ouvir-te e ter-te presente



beijo, amada, a tua sombra

aonde o céu te mantenha

esperando a tua filha

desvalida e pequena



desde que te foste embora

uma densa nuvem negra

abafou sua vida



7/5/2005

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