quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Gostavas de ser diferente?



Se tu fosses diferente
Do Homem que és agora
Verias, crendo sómente,
Já que atento e consciente,
Que quando a alma acorda
Da dor, eterna cadeia,
O nosso olhar se alteia
Vendo mais à nossa volta


Tanta coisa ora alheia:
Que adormecida paira!


Que tudo o que se cria
Não morre mas se transforma!

Que onde estiver Deus cuida
Atento, da sua obra!

Que é dentro do sofrimento
Que a consciência acorda!

Que o amor que se semeia
Há-de reflorir ainda!


Se tu fosses diferente
Quem sabe alguém veria


Que é na palavra fluente
Do que ousa pensar diferente
Que a mudança principia!



Lisboa, 22/6/2002

Sem comentários: