quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Que o vento me levante


Docemente
me eleve
acima de toda a pena
na sua diáfana
asa
proteja
da dor salgada
entranhe
no azul profundo
leve
as cinzas magoadas
na busca
de nuvens brancas
onde
repouse a fronte
a alma repare
adormeça e acorde
sossegue
de onde volte
renascida
para
cantar a ternura
e
saudar a primavera
a
luz que a todos afaga
espargindo
amor na terra

Lisboa, 31/4/2004

Sem comentários: