segunda-feira, maio 10, 2004

Pirata, que trazes teias
De sedas e de brocados.
Derrubas minhas ameias
Sonho volúpia, delicias

Astuto que me adivinhas
Arrebatas, desatinas
O sangue de minhas veias
Agitas quando caminhas

Nas redes de azuis safiras
Rendadas de espumas brancas
Que ladeiam tuas praias
Vêm assaltar as minhas

Ai noite, tu que vigias
Muda a rota das estrelas
Cruzeiro do Sul tão longe
E a Estrela Polar sozinha

A frialdade arrepia
Pois que lânguida divaga
Mas é tão longe essa Ilha!

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