segunda-feira, junho 04, 2007






Balzaquiana?!

Ah se me colhesses quando eu era
a rosa pelos cravos cobiçada
e embora simulasse que não via
tirava do juízo ao que passava!

Perseguida,esquivava-me
e enfim o outro desanimava
num suspiro, percebendo
que não me alcançaria nem correndo
pois não sou lebre no prado
mas ígnea mente ardendo!

O corpo perdeu fulgor no tempo
mas amadurou, melhor discernindo
como se ofertar, doce, procurando
o teu prazer e no seu recolhendo
o teu néctar de nácar, no gesto meigo
de quem te entrega a alma num beijo!


Maria

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