terça-feira, junho 12, 2007
Mater Dolorosa
Minha alma traja de lírios
Sou a Madre trespassada
Por flechas, memoriais sinos
Que ecoam na tarde roxa
Ao rematar minha vida
De intrépida luta, tanta!
Eleva-se a ofensa erguida
Como bandeira rasgada
Sobre a terra conquistada
No fragor de uma batalha
Por uma grei esquecida.
No inescrutável espanto.
Maria de todas as dores
Desponta em meu peito o soluço
Que adoçaste com o teu pranto!
Maria Petronilho
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