domingo, fevereiro 15, 2004

Pororoca

vou navegar, agora, no Tejo,
e, depois, me aventurar no mar.
ambas as águas eu agora vejo
nas lágrimas do Teu olhar.

não posso mais voltar atrás
na minha decisão em partir.
o Amor tem vazio seu carcás,
somente Lhe resta carpir.

azíago é o Fado dos Amantes
quando a inveja usurpa o cetro.
rubis não podem ser diamantes
nem é belo o que é tetro.

as águas se me enroscam em maçaroca
mas a Tua Voz me diz que é pororoca.
.........
Moacir et Selena 2002
brilhe a vossa LUZ!

PS: no sul do Brasil, Tejo diz-se Têjo.
.......

Bergantim


quero ir também
não serás tu, rio
aquele o que me detém!
preciso do outro lá longe
que vejo além
provei-o
e sabe às lagrimas
de minha mãe

quero fugir, querio ir daqui
num barco qualquer
talvez num bergantim
e se me ofogar
em olhos nenhuns vejo
saudade maior que estas
do Tejo

tenho muito frio
eu quero partir
dizem que do mar
ao fundo
existe um jardiam
com suaves relvas
e campo tamanho
onde aves e flores
se dão
todo o ano

eis que o Natal chega
que faço eu aqui
onde estou sozinha?

quero ir para aí!

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