segunda-feira, fevereiro 02, 2004

e sem outra ventura


entender
ouvir o não dito
perceber e aceitar
o oculto
humilhar-se e engrandecer
se dar e se confiar
abrir todo o coração
aos que só mostram janelas
chaves de segredo
que ora abrem ora não
corações de labirintos
a dizer-nos que o não são.


ver mais altos os contos
que as contas.
esconder o altruísmo
carecer e dizer não
fechar os olhos
deixar-se ver
e parecer cego.


Ser rosa
que no vento se desfolha
semente
perdida na terra
dura de pedra


a florir ternura
sem ortra ventura que esta
ser tida por louca
a poeta

Sem comentários: