Nem o Mar
Nem o mar soa
nos búzios de meus dias!
Sinal de quietas ondas!
Sinal de suaves brisas!
Nada nem ninguém me chama...
Olha-me e vale-me,
gritam!
Gritam-me quando aflittos
os marinheiros
das marés vidas
nos dias em que não
recolhem as redes plenas
de olorosas maresias!
Que a vossa bonança dure,
Que me pendam
pequeninas e vazias
as mãos que vos estendo quando
em vossos ais, penas minhas!
Melhor sol vos trate as agonias
em
meu merecido crepúsculo
de lírios, sem ouro,
roxo entardecer calmo
repousando inocentes
minhas conchas vazias,
tão fartas de repouso e sono!
Queimados em só dor meus dias!
segunda-feira, fevereiro 02, 2004
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