terça-feira, fevereiro 03, 2004

sem outra ventura


Entender
ouvir o não dito
perceber e aceitar
o oculto
humilhar-se e engrandecer
se dar e se confiar
abrir todo o coração
aos que só mostram janelas
chaves de segredo
que ora abrem ora não
corações de labirintos
a dizer-nos que o não são.

ver mais altos os contos
que as contas.
esconder o altruísmo
carecer e dizer não
fechar os olhos
deixar-se ver
e parecer cego.

Ser rosa
que no vento se desfolha
semente
perdida na terra
dura de pedra

a florir ternura
sem outra ventura que esta
ser tida por louca
a poeta!

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