domingo, janeiro 30, 2005

O meu grito



Tal como um raio revela
A solerte cobardia
Que perfidamente intenta
Emaranhar a lisura
Em jogos de alvar intriga
Mas o meu grito desvenda
O pérfido estratagema
Do calculista na sombra
Que o meu grito estraçalha
Na caverna onde se acoita
A insensível luxúria

Rasgo a mudez do silêncio

E o meu grito se faz eco
E esse eco se faz canto
Alastrando no céu limpo

Verso a explícita brancura

E o meu grito desabrocha
Em flor! Borboleta que voa
Transluzindo na evidência

O claro esplendor da alma.


Sem comentários: