quinta-feira, janeiro 27, 2005

Serenata



Que sonharia a moça
Que jazia solitária
Sobre a nua alva cama?
Quem atentaria nela?

Parecia que dormia

Nem as estrelas saberiam
Nem a lua infiltrada
Pelas dobras da cortina
De nada se tem certeza
Quando se olha de fora

Dormiria a bela alva?

Uma estátua parecia
Na penumbra desmaiada
Por onde vaguearia
Ninguém nunca saberia
Só a via a madrugada

Desprezara a sua vida
Que a si mesma sobrava
Com uma adaga enterrada
Em pétalas rubras a rosa
Sobre o nu lençol da vida
Em sangue se desfolhava.



Sem comentários: