terça-feira, janeiro 27, 2004

azul nascente




ergue-se o cisne
espreguiça as torpes asas
e pensa nas gostosas percas


desce a relva luzidia


aos solavancos chega
mas subito pára
e se queda
de puro assombro


será numa esmeralda que desço?
serão as cores de opala
os tons irisados que vejo?


pelo sim pelo não mudo,
interroga c'o pescoço
sou cisne bravo perdido
esta água não conheço


brilha de um estranho brilho


ergue as asas estremecendo
ensaiando outro voo
rumo ao poente vermelho




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