quinta-feira, janeiro 29, 2004

Eu bem canto o meu poema
de revolta e de alerta
mas os surdos não me ouvem
mas os mortos não reagem
e os obstáculos não deixam
que as ondas do eco passem!
eu bem grito o meu apelo
de justiça para todos
mas monstros devoram meus sons
e não há ninguém que venha!
e fico rouca, cansada
de cantar para tantos surdos
de lutar com tantos monstros
mas, contudo, tenho esperança
de que um dia o eco surta
e que os mortos ressuscitem!
por isso sigo, cantando
meu poema feito grito!

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