terça-feira, janeiro 27, 2004

Para te amar qual flor

Que cresce na fenda da rocha

Feliz na sua penumbra

Resguardada da inclemência

Acesa ao sol do meio-dia



Ternamente entreaberta,

Num rochedo de lonjura

Informada da procura

Ao perpassar tua asa

No ar extenso que me cerca



Ao longe ver tua vela

Que se ilumina de alvura

E eu flor na rocha presa

Conformada em ser cativa

Oculta na doce sombra!



Vendo-te, porém tão longe!

Na aba esquerda da ilha

Na saudade inusitada

De jamais ser encontrada

Mas sabendo-me perdida!


Sem comentários: