terça-feira, janeiro 27, 2004

No longe, entrevejo a Ilha:
Tem no porto ancorada
Uma bela nau, que brilha
De vela desarvorada!
Mas, Cabo da Boa Esperança
Adamastor anda à solta
E é tão funda esta água!
Aceno do Cabo da Roca,
Aquele onde a terra acaba....
Hasteio um lenço bordado,
Que trago sempre comigo
Para acobertar meu choro
Debruço-me no abismo
Mas é tão longo e tão escuro
O horizonte perdido!
O sol que roda no céu
Traz-me na luz teu apelo
E a lua leva a resposta
Mas o Cruzeiro do Sul
Não se move no céu nunca!

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