Mar berço meu
Que eras verde
No tempo
Em que eu velava,
Amparava e sorria...
Hoje és vagante cinza
E eu meiga
Guardando amarras
Na memória
Dos compassos
Em que os braços
Nus, heróicos,
Rumavam sendas aos lemes
E puxavam os velames
Se nos teus ocasos roxos
Te desvendavas em ouros.
Grita esfaimada a gaivota
Sobre a muda calmaria
Que só areia vislumbra....
Minha vela fulge ainda
Mas sozinha, desabrida.
Sopra o vento de nortada
As estrelas jazem na bruma
Nenhum farol luz na barra
Mas hei-de virar o Cabo
E hei-de marcar este dia
De Bojador desvendado!
Passei de além amargura
Nada de pior me resta,
Só posso esperar
... Ventura!
terça-feira, janeiro 27, 2004
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