quinta-feira, janeiro 29, 2004

Singular Silhueta




Na angústia
espero desesperada
tua voz que me falava
de tanta coisa e de nada
tua voz em que voava
te sentia me sentia
enlevada e embalada
companheira
solitária
ainda assim
amparava
meu esforço de ser
cada dia
sonhava
teu rosto através da palavra
ia no teu sorriso
que nos meus lábios se via

Agora
sinto-me pena
sem que a mais pequena brisa
páre um segundo que seja
para erguer minha alma
para salvar minha vida!

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