quarta-feira, janeiro 28, 2004

Não há horizonte que baste
para o belo que procuro
essa luz atrás do escuro
a que me leva adiante
nenhum vento me detenha
que a força que me leva
esta asa branca que voa
adentro da minha alma
e que almeja só pureza,
viverá enquanto eu viva.
Sei que sou nada, sou terra,
pequena erva daninha,
meu olhar ao sol se eleva,
alta ânsia é a minha
urgente constante procura
pela paz que se adivinha
além de aonde se chega
se quer ir além ainda
Chamem-lhe Alma, Deus, Loucura!
Chamem-me doida varrida
Nada do É me interessa,
quero algo de além vida.
Não há tempo que me chegue
para o querer que procuro.
Para um luzir tão puro
no meu íntimo universo...
Quero subir, crescer, voar
além da própria beleza,
além de alguma certeza
... palavra por inventar.


Sem comentários: