As Pontes
Vejo o sol que amanhece no céu sereno.
A terra canta em silêncio nas margens do rio
se pontes servirem de passagem entre margens
que não transpostas a ferro e fogo
em violento desafio, pela arrogância de dizer eu venço,
eu tenho, eu mando - eu mando! - eu posso;
de nada servirão. Que caiam inteiras.
Para que as pontes entre os que não procuram o encontro?
Mero engano de que rio; mero engano por que choro
com as vítimas inocentes deste jogo
jogadas como peças no desumano desvario.
No horizonte envenenado de cinzento o sol renasce entretanto
escondido, esquecido seu ouro vivo de sempre-eterno encanto
terça-feira, janeiro 27, 2004
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