terça-feira, janeiro 27, 2004

As Pontes




Vejo o sol que amanhece no céu sereno.



A terra canta em silêncio nas margens do rio

se pontes servirem de passagem entre margens



que não transpostas a ferro e fogo

em violento desafio, pela arrogância de dizer eu venço,

eu tenho, eu mando - eu mando! - eu posso;

de nada servirão. Que caiam inteiras.



Para que as pontes entre os que não procuram o encontro?



Mero engano de que rio; mero engano por que choro

com as vítimas inocentes deste jogo

jogadas como peças no desumano desvario.



No horizonte envenenado de cinzento o sol renasce entretanto

escondido, esquecido seu ouro vivo de sempre-eterno encanto

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