De me que serve a saudade
de ser alguém que não fui?
O que faz a nostalgia
senão a pena
de sentir distância?
Porque olhar para trás
se o tempo não torna
nunca jamais
ao ponto de partida?
Sou barco, não cais.
Entendi a minha voz:
era de vento e de água
de ar e de luz
Dizia:
Não pares!
terça-feira, janeiro 27, 2004
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