Manhã Negra em Madrid
Hoje o sol que deveria
Pressagiar primavera
Vendo a chispa que rodava
Em sangue se deslindava
E na dor estremecia
Cerrou os olhos no céu
E de lástima chorou
Hoje os trabalhadores
Jazem estendidos no chão
Como se fosse domingo
Na cidade ensimesmada
Corre o sangue e o ar vibra
De indignição e de pranto
A cobardia anda à solta
Após ter saído à rua
Projectado com frieza
Executado a matança
Lisboa, 11 de Março
2004
segunda-feira, abril 05, 2004
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