segunda-feira, abril 05, 2004

Solta de mim o Passarinho




paixão
tangente de ti
no escuro
me perco
se te não tenho
detens
o meu sorriso
suspenso
no teu silêncio
vivo na dúvida
permaneço na inverteza
calada
a voz presa
de emaranhadas
proibições
muralhas erguidas
cada vez mais altas.
É certo que o meu querer
tem asas
mas falta-me o vento
para me lançar
e sem voar
não tenho
como fabricar de nuvens
inventar de novo
este meu sorriso
moribundo

solta de mim
o passarinho
que cantava
na ventura de teu peito
nem que apenas valha
seu canto
um suave laivo
um breve sorriso
dos tantos
que entre nós voavam,
meu amado!

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